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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Rumo ao Piauí!

Gordinho e Cabelo, de Minas Gerais, estão viajando pelo Brasil e, se o tempo e o dinheiro ajudarem, pretendem ir de camionete até Machu Picchu. É com eles que pego a derradeira carona para a parte final e mais inóspita de todo o deserto do Jalapão. Saímos de Mateiros perto das 10 horas da manhã. Com a ajuda de pessoas que fizeram esta trevessia Gordinho e Cabelo tinham uma espécie de roteiro para chegar até Quarceral na saída para a Bahia. São 130Km de deserto, em estradas piores do que as que ligam Ponte Alta a Mateiros. O visual é deslumbrante e encontramos pelo caminho diversas Emas, Corujas e Siriemas. Em alguns pontos da estrada foi posssivel rastrear pegadas de onça.







































A estrada vai se bifurcando e entramos na trilha errada algumas vezes. Em uma destas desviadas de rota acabamos rodando pela pista de pouso de uma fazenda de soja e também por estreitos caminhos abertos no meio da plantaçao.












































































































Voltamos ä estrada e logo ao asfalto. Entramos pela Bahia, porém a rodovia estava em péssimas condições, buracos enormes colocam em risco aos que por ali trafegam. Setenta quilometros depois estávamos na divisa com o Piauí, mais 30 km e chegamos a Cristalândia do Piauí, primeira cidade ao Sul do Estado e meu primeiro destino. Chuck Barry mandava Go Jhonny Go...
























Muita sorte me acompanhou nesta travessia do Jalapão. Se tive meus anjos em Palmas e Taquaral aqui no deserto fui protegido por uma verdadeira legião que me ajudou a estabelecer um recorde para a travessia do Jalapao a partir de caronas. Deixar o deserto para tras e as pessoas que conheci não foi nada fácil. Me preocupo agora com os incêndios que destroem o serrado da região. Na mesma pousada que fiquei em Mateiros estava hospedada a brigada contra incêndio que tenta, com pouquíssimos recursos, apagar o imenso incêndio que devasta estas áreas. Eles contam com dois aviões, porém só existe autorização para utilizar uma hora de voo por dia. Pouco, muito pouco para combater o fogo e os novos focos que surgem dia a dia.

Fiquei estes dias sem postar pois não havia acesso á internet. estou em Corrente no Piauí e amanhã, se der tudo certo, escrevo sobre estas duas cidades.


I

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